segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

DiRetO de BoiPeba

Em Valença... a caminho


Boipeba! Em Tassimirim, ou quase...



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010



Sobre colónia eu gostaria de fazer um álbum de fotos, muito mais do que um texto.

São as imagens que me marcaram na cidade.

A área central tem uns 10 museus no mínimo, e é minúscula.
Fora isso, uma rambla enorme na beira do rio-mar, cafés e restaurantes muito charmosos e o melhor sorrentino que já comi.

Mas ainda tem algo que eu desconhecia na América do Sul. Uma Plaza de Toros. Fechada é fato, mas lá, de pé.

Nem acreditei que isso existia por esses lados.


Mas a cidade é delicada. Nem parece fruto da guerra entre portugas e castelhanos.


Do outro lado do Rio está Buenos Aires e seus ares de Europa perdida.

NO Uruguai estranho demais a ausência de pessoas de minha idade. Não fossem os turistas, não haveria ninguém com menos de 50 ou 60. Isso me espanta. Para onde vão os jovens uruguaios que voltam a seu país apenas para envelhecer ?


Temos por aqui muitos conhecidos que adotam o Uruguai como sua 2ª pátria. Muitos foram na época negra, outros pelas belas praias, outros pela música ou pelos livros. Mas o certo é que Montevideu tem a cara de Porto Alegre, muito mais do que qualquer cidade do Brasil.

Amanha sigo para Salvador, e depois para a Ilha de Boipeba. Arrisco o palpite que estaremos mais noutro país do que em nossa estada no Uruguai. A estética do frio, como chama Vitor Ramil, nos une aos hermanos do Rio da Prata mais do que aos tropicais brasileiros.

Volto agora a Colónia. Foi apenas um dia, mas ficamos loucos pra voltar. Ficar em uma daquelas pousadas coloniais próximas da praça central e tomar um café da manha em uma casa antiga, passear de mãos dadas na beira rio e tomar o Ferry para BUE, onde o tango nos faria dançar olhos nos olhos...


Mas isso já é outro passeio.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

ColÔnia dE sAcrAmentO

Lembro da primeira vez que ouvi falar de Colónia de Sacramento fora das aulas de história. Trabalhava na PUCRS no centro de Audiovisuais onde aprendi muito sobre fazer vídeo nos anos 90, que em nada se parece com fazer vídeo nos anos 2010.

Lá, há 20 anos atrás, éramos artesãos dos frames. Lembro de editar vídeos sozinha em alguns momentos, no que se chamava ilha de edição(será que ainda se chama?). Corria de um lado ao outro para largar as enormes fitas U-matic em dois vídeos, separados por uma mesa gigantesca , onde uma alavanca enorme criava a fusão entre os 2 takes.



Mas...



Foi lá, na VIDEOPUC que ouvi falar de Colónia.

Fazíamos vídeos de turismo cultural pelas terras gaudérias e arredores. Montevideo era um arredor, e se não me engano, foi o primeiro lugar para onde nosso chefe visionário mandou uma equipe da Video para criar um filme turístico.

Eu era ainda uma novata e por isso não fui. Foi a Carol, querida amiga que me ensinou a ser uma roteirista, junto com mais um produtor, cinegrafista e um operador de VT, sim isso existia naquela época, pois o VT era tão grande ou maior do que a câmera.



Lembro que eles voltaram apaixonados por Colónia, e eu no início do que pretendia que fosse uma brilhante carreira no mundo das imagens fiquei lá, sonhando com minha ida a terra mais portuguesa da América Espanhola.



Setembro de 2007

Diversas encarnações depois daquele ano de 1990 acabei chegando a Colónia.



Eu em nada parecia com aquela que sonhou a viagem, e muito menos parecia com a que sonhava ser 17 anos depois.

Mas Colónia estavatão interessante e rica de detalhes quanto eles me contaram.

E talvez por não ter mais 22 anos e sim 39, achei ela ainda mais linda.



Quando a esperança foi perdendo lugar para o presente em minha vida, as coisas ganharam mais cor por si mesmas.



Chegamos de Montevideo de ônibus em uma viagem que deve ser de cerca de 2h, não lembro bem.



Na chegada alugamos uma motinho - dica de um amigo frequentador da cidade. Tivemos que ir até a prefeitura fazer uma prova de direção coma tal lambreta. O Zaka apesar de pouca prática passou no teste e saímos pela cidade naquele veículo nada potente.

Continua...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Relembrando e reinventando Montevideo


Daqui em diante minha viagem a Montevideo segue os traços das lembranças, pois minhas anotações terminaram no primeiro dia.

Talvez isso aconteça porque quando a viagem de fato toma conta de mim saio da dimensão onde escrevo sobre ela. Ela passa a Ser... e por isso não carece ser escrita.

A foto no Mercado Del Puerto deve ter sido no último dia, depois que voltamos de Colónia de Sacramento.

O almoço no Mercado era uma obrigatoriedade da viagem. É um lugar lindo, bem tradicional, cheio de restaurantes muito parecidos um com o outro que servem parrilla e entrecot de primeiríssima. Em nada parece com o mercado de Porto Alegre que é tão lindo quanto, mas que poderia ser muito mais interessante, mas não é...

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Me disseram pra comer no El Palenque mas como uso as dicas para não cumprir à risca almoçamos no Estancia del Puerto. Um uruguaio de bigode continental fritava carnes ininterruptamente na nossa frente: carnes, frangos, peixes, camarão e tudo o que um dia foi vivo passava pela faca e chapa do Bigode. Comemos um queijo assado com ervas maravilhoso, tomamos uma Zillertal e um choriço, morrones e um assado que não lembro qual.

Saímos mais do que satisfeitos, tristes até...

Ao nosso lado um casal de portoalegrenses nos deu a melhor notícia da viagem. Foram de avião por um preço menor do que pagamos pela passagem de ônibus...

Antes disso, e não lembro quando, visitamos todos os museus e pontos de Montevideo possíveis.

Museu Torres García, Museu Gurvich, Puerta De La Ciudadela, Palacio Legislativo, Palácio Salvo e por ai vai.

As cinzas do famoso (quem?) General Artigas, um herói nacional, são guardadas por uns militares vestidos pra festa que ficam estáticos em torno do mausoléo subterraneo na Praça da Independência - que foi construído durante ditadura militar. Nunca fui a Londres(ainda) mas deve ser algo como encontrar a guarda da rainha na versão sul americana.
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O meu preferido, entre todos os da capital Uruguaia foi o Teatro Solis. MARAVILHOSO, lindo. Tentamos entradas para Ópera Carmem que estava em cartaz mas não havia nada à venda.

Aindo volto a MOntevideo...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

parte 2 Montevideo


A linha 104 foi direto da Praça Cagancha para Carrasco pela bela orla de Montevideo com conforto adequado a uma linha comum.

Descemos em meio a casas maravilhosas, antigas mansões, antiquários...

Fomos ao Cassino. Lá dentro poucas pessoas e um clima de outra época.

Velhinhos jogando carta.

Uma viagem para um tempo que desconheci. A cara de Montevideo, atemporal.

Andamos pelas ruas entrando em antiquários fantásticos , nos espantando com os jardins e com o aspecto surreal das construções .


Para voltar pegamos novamente a linha 104. Outra viagem no tempo pois o ônibus era inacreditavelmente antigo.


A próxima parada foi o Parque Rodô e uma descida atá Punta Carretas. No caminho o Museu de Artes Visuales me tocou muito pouco.
Caminhamos até a orla e subimos ao Shopping, longa caminhada, belo shopping. Estava encomendada dentro de mim uma ida à Yenny do Shopping Punta Carretas que parece uma livraria, mas tem ótimos discos e era dica de uma amiga.

Adoro viajar com dicas de amigos.
Faço listas, escrevo roteiros, mas na verdade nem sempre cumpro...

Fui na Yenny com a ideia de comprar um disco local. Lá me atendeu o Anísio Pires, finíssimo. Pelas brincadeiras da vida o Anísio era um Venezuelano que tinha morado em Porto Alegre, estudado na UFRGS, sociólogo e é amigo de uma colega de CAIXA.
estava ele, vendendo discos num shopping burguês de Montevideo, na parte em que ela parece contemporânea.
Caminhamos mais de 6 horas neste dia, uma loucura, nos cansamos demais para aproveitar o pouco tempo que tínhamos. Fomos jantar cedinho, 19 horas, no Restaurante Parrilla Locos de Asar, na Rua San José, perto do hotel. Comemos degustación de carnes, pesado demais para a noite.

Amanhã seria o dia de visistar Colônia de Sacramento.
Mas essa parte eu nao escrevi.

Como terá sido?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

moNteviDeo - 2007


NUnca tinha ido a Montevideo.
Do Uruguai conhecia apenas o litoral norte do país, para onde tinha ido 10 anos antes, no carnaval de 1997, em outra encarnação.

Depois de conhecer tardiamente Buenos Aires em 2006 era mais do que hora de ir a Montevideo, que conhecia tanto de histórias de amigos e planos de viagens que nunca aconteceram.

Pra fazer uma viagem barata e viável resolvemos ir por terra.
Saímos de POrto Alegre às 22h. O ônibus atrasou 35 minutos para sair. Fomos pela empresa EGA - Executivo de 2 andares - fomos na parte de cima.
Chegamos em MOntevideo as 10h direto para o HOtel Lancaster, na Praça Cagancha, 1334.
Era possível de ficar, muito antigo e com um certo cheiro de mofo mas honesto.

Logo saímos a caminhar por Cabildo e porta da cidade. TOmamos café na MCalentitas, que por acaso tem filial em Porto Alegre, na rua Fëlix da Cunha(nem sabíamos na época mas iríamos morar lá perto em 2009).

Voltamos para a Praça Cagancha buscar um mapa. Na livraria uma senhora, muito gentil - como todos, nos indicou a intendência municipal, onde 2 meninas nos deram mapas, guias e ótimas dicas sobre lugares, roteiros e linhas de ônibus para conhecer Carrasco, Punta Carretas e o Cerro. Lá fomos no museu pré colonial.

Almoçamos na Praça Cagancha, num pequeno restaurante que não gravei o nome. Um picado com salame, queijo, torradas, presunto e amendoim, forte demais para aquela hora. Tomamos uma ótima cerveja Zillertal(que na época ainda era uruguaia e não da AmBev). Lá tentaram nos cobrar R$15 a mais, mas como o táxi da chegada já tinha nos cobrado o dobro, aprendemos a cuidar a conta.

(continua)

POr aí


Este blog é para contar para mim mesma, e para quem me descobrir, tudo que encontro fora de casa.

Fora das paredes de meu apartamento e fora do bairro onde ele fica.
Fora do bairro e em outras cidades longe daquela onde nasci, e sabe-se lá por que, ainda vivo.
Longe da cidade Alegre e dos costumes que apreendi desde quando cheguei por aqui, na terra dos portoalegrenses orgulhosos do frio e de estar na capital deste estado que, na ponta do país onde está amarrado,parece cair para fora e não pertencer a lugar algum.

São os caminhos que procuro por estradas, por ares e águas que vou trazer pra cá.
Os trechos das viagens que faço. Que não são tantas afinal.

Nunca consigo contá-las até o fim. Começo com todos os detalhes, vou deixando de escrever e acabo perdendo delas o final, como um filme que queima antes do desfecho.

...leio meus escritos e fico curiosa, o que será que fiz depois? Por que não contei tudo?

Bom...
Quem sabe agora, com a lembrança de alimentar este blog faminto eu lembre de manter os caminhos descritos até o fim. Não apenas ir, mas chegar e retornar.

Talvez seja o desejo que me faça ficar lá, no meio de todas as viagens pra onde parti.
Sem ter que voltar...